fotos: Jarbas Capusso
fotos: Jarbas Capusso
Às vezes me ocorre a dúvida: precisamos de mais livros?
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(Até porque meu ofício me obriga a jogar livros chinfrins ou muito cacarecados no lixo, diariamente. Que outro milagre faria o sebo ter um acervo tão bacana?)
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Mas em seguida me ocorre outra pergunta: precisamos de mais escritores?
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E a resposta é que forças misteriosas – seja o DNA ou Deus, à escolha do freguês – continuam distribuindo talento por aí, e não se pode impedir que se multipliquem os contadores de história, tanto quanto não se pode impedir que mais médicos cheguem à praça, por força do mérito inclusive.
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Então ok: por que ler esses bons escritores, aos invés dos velhos nomes consagrados em torno dos quais se escrevem mil monografias? Medalhões que são temas de simpósios em lugares chiques como a Casa do Saber?
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PORQUE ESSA É A LITERATURA VIVA: que sofre com a grana curta do fim do mês, que fica tão atônita quanto você com as últimas manchetes de jornal, que faz piada com as desgraças da semana passada, que se alimentou do mesmo pop bagaceiro que até você, sujeito culto e exigente, absorveu, nem que por osmose, ouvindo as conversas na mesa ao lado enquanto almoçava.
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PORQUE ESSE É O SÉCULO XXI: em que o artista já não espera que uma grande empresa o pegue no colo e lhe amamente com royalties. Em que o artista se mantém em contato com o público via Facebook e twiter, cria blogs coletivos e lança muito mais livros através de esforços cooperativos, graças aos baixos custos para se imprimir pequenas tiragens.
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PORQUE ESSES SÃO OS AUTORES que ainda tem algo a provar pra ti, e principalmente pra eles mesmos. Porque eles ainda correm riscos – talvez lancem um próximo livro com temática ou estilo completamente diferente, talvez desistam de tudo para serem missionários em Botsuana, talvez ganhem o prêmio Telecom de literatura e mercenariamente optem por escrever roteiros para sitcoms da TV à cabo.
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E PERCEBA: com esses autores você ainda pode debater e pleitear, se decepcionar, mas também se maravilhar. E no com esses camaradas que lançam livros num sebo sem pompas, já anunciado no release que a esticada será no Pavão Azul, você pode tomar uma cerveja enquanto discute todas essas questões metafísicas, políticas e formais.
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NÃO É MUITO MAIS LEGAL?
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Então se liga: é no sábado e na terça, mais informações abaixo.
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Nos vamos por aqui. Um abraço,
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Maurício Gouveia
Gerente
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SEBO BARATOS DA RIBEIRO
Rua Barata Ribeiro 354, Copacabana
Tels. (21) 2256 8634 ou 2549 3850
Está confirmado o lançamento no Rio.
24 de julho de 2010, às 18h.
Sebo Baratos da Ribeiro (link)
Rua Barata Ribeiro n. 354, loja D.
Próximo ao metrô Siqueira Campos, Copacabana
fotos: Luis Felipe “Ogro”
nesse vídeo: André Kitagawa lê Fernanda D’Umbra; Vespasiano Ayala lê “Jabulani” e Pierre Masato escapa por pouco.
ps: Walter Figueiredo, nosso querido Batata, é o mestre de cerimônias que todas as solenidades deveriam ter.
* Aqui é o seguinte, mano, tá no inferno (Fernanda D’Umbra)
A noite foi linda, os amigos todos lá se divertindo à beça.
Isso é o que importa, é isso que faz tudo valer a pena.
Queremos agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram nessa baguncinha: Renata Forato, que nos ajudou com o blog e outras cositas; Rodrigo Sommer, pelo belo flyer; Walter Figueiredo, que filmou e divertiu a todos no fim da festa com o “sarau da cueca” (vídeos em breve); ao Mário Bortolotto e sua seleção certeira de músicas, ao Luis Felipe Ogro, que estava lá fotografando, a Fabiana Vajman e Paula Klaus, que se colocaram à disposição para qualquer perréps. Além é claro, do nosso editor Vanderley Mendonça, da Luciana, que gentilmente nos abriu as portas da galeria, e todos os membros da banda Fábrica de Animais (Fernanda D’Umbra, Flávio Vajman, Cristiano, Arara e Rubens K)
Vocês são duca.
(mais fotos estão disponíveis no facebook.)
enviar e-mail para o nosso editor
vanderleymeister@gmail.com
o preço é 20 reais, a entrega é pelo correio
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Em 2008, larguei tudo mais pra viver da literatura (ou “para a literatura”), sei que essa teimosia não durará pra sempre. Há um preço que se paga quando não se brinca (e quando se brinca também), e isso, dependendo de como se faz, pode levar a saúde do mais forte.
No universo literário, quando se escolhe a poesia, parece que se está fadado a jamais encontrar o meio-termo; ou se brinca ou não se brinca. Não é à toa que o gênero vincula (amarra, prende) tanto o texto produzido com a postura daquele que o produz.
Escrevo poemas todos os dias – e nem tenho mais vontade de mostrá-los -, sei que palavras vão te moendo e te amassando até que só exista a loucura, que às vezes é a própria criação. A solidão e a pressa são cada vez maiores, e não acho isso de todo mal, pelo contrário, são parte de um caminho escolhido, parte da minha relação com o mundo e as pessoas.
Pois bem, nesta terça-feira, em São Paulo, acontecerá o lançamento de uma antologia poética que envolve escritores que admiro e respeito profundamente e que são também amigos meus de verdade (com quem já passei poucas e boas): Bruna Beber, Fernanda D’Umbra, Luana Vignon, Marcelo Montenegro, Pierre Masato, Sergio Mello. Há também o que, mesmo não conhecendo como conheço os anteriores, acompanho o trabalho e tenho enorme interesse pelo trabalho: Alice Sant’Anna, Ana Guadalupe, Jarbas Capusso e o grande Luis Felipe Leprevost.
Só posso dizer que se estivesse em São Paulo não perderia a festa, que terá a discotecagem do Mário Bortolotto e show da Fábrica de Animais (banda da Fernanda com uns caras muito feras).
Com leitura de poemas por Jarbas Capusso e Pierre Masato
programa Perfil Literário, comandado por Oscar D´Ambrosio.
Rio Preto, 1971.
É atriz, diretora e vocalista da banda Fábrica de Animais.
Como atriz fez parte do Grupo Cemitério de Automóveis e recentemente da série Mothern (gnt).
Suas últimas direções foram Confissões das Mulheres de 30, de Domingos de Oliveira; e Meninas da Loja, de Caco Galhardo (em cartaz no Espaço Parlapatões).
Blog: Sem Gelo
Confira também sua participação no podcast Fogo no Rádio
Rio de Janeiro, 1988.
Atualmente, cursa a faculdade de jornalismo na PUC-Rio.
Em agosto de 2008, lançou seu primeiro livro de poesia, Dobradura (7Letras), eleito pelos leitores do Jornal do Brasil como o livro do ano.
Teve poemas publicados em diversas revistas, entre elas a antologia bilíngüe português/ espanhol Otra Línea de Fuego – Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas, organizada pela Heloísa Buarque de Hollanda (Málaga, Espanha, 2009).
Blog: A Dobradura
Nasceu em 1985, em Londrina (PR).
É graduada em Letras pela Universidade Estadual de Maringá e trabalha como redatora publicitária.
Seus poemas foram publicados em sites e blogs como Portal Literal e As Escolhas Afectivas.
No jornal O Diário do Norte do Paraná, teve uma coluna literária semanal chamada “Selo”.
Participou da explosição Blooks – Tribos e Letras na Rede (RJ), do projeto Poema para Viagem, na Mostra SESC de Artes 2008 (SP) e da revista virtual de poesia Be My Mafia Family.
Está na antologia bilíngue espanhola Otra Línea de Fuego – Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas (selo MaRemoto, 2009), organizada por Heloísa Buarque de Hollanda e Teresa Arijón.
Rio de Janeiro, 1989
Estuda design na Puc-Rio.
Desenha desde criança e começou a trabalhar com ilustração em 2009 quando foi convidado a ilustrar seu primeiro livro infantil “Lisarb, o gigante adormecido” (Editora Ao Livro Técnico) de autoria de Flávia Albuquerque.
Ilustrou também outros dois livros “sorte é sorte” de Wilson Rocha e “A carta roubada” de Edgar Allan Poe (a sair).
Atualmente dedica-se a seu projeto de final de curso.
Pensa em fazer uma viagem pelo Brasil e a partir das suas experiências escrever e ilustrar cartas para seu irmão de 8 anos.
Seu trabalho pode ser conferido aqui
assista também a entrevista para o Saraiva Conteúdo